quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Projeto em Vídeo

Projeto Meio Ambiente Urgente



http://www.youtube.com/watch?v=9JZasm5ErAc


Projeto realizado por:

Carolina Castro
Juliana Coelho
Maria Aparecida
Marianna Magalhães
Mariana de Biase
Priscilla Queiroz
Tainah Soares
Vanessa Baião

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Globalização e Meio Ambiente


A atual realidade brasileira chama a atenção para a enorme concentração do excedente gerado pela atividade econômica nas mãos de poucos, em detrimento de amplas camadas da população. Pressionadas pela pobreza e a necessidade instintiva de sobrevivência, essas minorias econômicas atuam de forma predatória sobre o meio ambiente, ocasionando desmatamentos de ecossistemas para moradia, alimentação, ou mesmo produção de energia. Exemplares da fauna silvestre, por exemplo, tornam-se fonte de alimentação para os excluídos. Hoje, o modelo de globalização vigente no mundo é uma das principais causas da deterioração ambiental, pois hipoteca o caráter sustentável do Planeta.

Os sistemas de livre mercado, que buscam o lucro a qualquer custo, permitem facilmente o desrespeito à natureza, cujos recursos são “gratuitos”. Os critérios que regem os sistemas de industrialização dos países desenvolvidos criaram as condições que afetam adversamente o ambiente. Desta forma, as causas da pobreza e da degradação ambiental nos países em desenvolvimento estão diretamente relacionadas com o modelo de desenvolvimento dos países industrializados, imposto aos países pobres, via FMI. Esse modelo causa danos ao meio ambiente por contribuir diretamente ao aquecimento global e a destruição da camada de ozônio e fomentar a desigualdade e a pobreza no mundo.

Privatização de Florestas


O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), lançaram o primeiro edital para exploração comercial de madeira em uma floresta pública na Amazônia. A área concedida é a Floresta Nacional do Jamari (RO), que soma 96 mil hectares. O MMA usa como argumento para a concessão, o objetivo de evitar o desmatamento e a grilagem de terras.

Para o pesquisador em ecologia e manejos naturais da Universidade Federal do Acre (Ufac), Elder Andrade, os argumentos do MMA são falsos e o governo na verdade está privatizando algo público.

“Trata-se efetivamente da privatização das florestas públicas e o que é mais dramático nessa história é o argumento de que entregando para o madeireiro a floresta será preservada. Eu não sei quem pode acreditar em algo dessa natureza, porque a indústria madeireira, seja ela a pequena ou a grande, ela tem se caracterizado pela fraude”.

Quem vencer a licitação terá o direito de explorar a área por até 40 anos, com lucros estimados de R$ 450 mil por ano e por hectare. A expectativa é que o contrato com a empresa vencedora da licitação seja assinado em março de 2008.

"Todas as inverdades sobre a Lei de Gestão de Florestas Públicas estão agora sendo desconstruídas", afirmou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao anunciar o calendário para o processo de licitação. Foi uma resposta às críticas que começaram a ser feitas a essa forma de gestão antes mesmo de o projeto ser enviado ao Congresso Nacional.



O Serviço Florestal estima que 13 milhões de hectares de florestas serão privatizados nos próximos dez anos.

Marina Silva


Eleita aos 38 anos, Marina Silva foi a senadora mais jovem da história da República, tendo sido a mais votada entre os candidatos no estado, com 42,77% dos votos válidos. Sua atuação concentra-se nas áreas de direitos humanos, cidadania, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, recebeu o maior prêmio das Nações Unidas na área ambiental, o Champions of the Earth (Campeões da Terra) de 2007, como reconhecimento ao seu trabalho em favor da preservação da floresta amazônica e da valorização das comunidades locais e tradicionais da região. Entre 2003 e 2006, a ministra inaugurou um novo modelo de gestão ambiental no governo federal, cujo princípio básico é o envolvimento efetivo de diferentes setores de governo e da sociedade na busca de soluções para problemas de meio ambiente. Defendeu a cooperação entre os vários ministérios e governos estaduais, obtendo importantes resultados que refletem a capacidade do Estado e da sociedade em implementar uma política ambiental capaz de dar respostas aos desafios de conservação da atualidade. Com isso, conseguiu consolidar várias propostas da sociedade civil em novos instrumentos de política ambiental, como o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia e a Política Nacional para o Desenvolvimento Sustentável das Comunidades Tradicionais, que abrange todos os biomas brasileiros.


Em anexo, um trecho de um artigo
publicado no jornal "Folha de S. Paulo" de 21/04/2000 por Marina Silva:


O Sertão Vai Virar Mar

" O delírio de um beato - de que o sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão -, quem diria, acabou se transformando na metáfora perfeita para contar o que nos acontece hoje em dia. Parece que tudo se mexe, nada mais quer ficar no lugar. Mas, ao mesmo tempo, está presente uma sensação angustiante, como respiração curta e incompleta, de que nada acontece, de que está tudo travado por algum nó imaginário.
Para dizer isso de maneira diferente, pode-se usar outra metáfora, tão presente nos últimos tempos. A dos "outros 500", que povoa os sonhos e os planos de tanta gente, para substituir os 500 anos de Brasil que se foram, colados a tanta injustiça, a tanta aberração. Mas, enfim, por mais insatisfatório que sejam, é o que temos para partir para outros diferentes 500.
Será que este é o momento de realização da profecia? Talvez não completamente, mas o sertão, como símbolo da maioria que herdou aridez e carência, na repartição dos 500 anos passados, quer virar mar, quer penetrar a imagem da exuberância e da fartura tão maldivididas.
A colonização empurrou os nativos para dentro do território e ficou com o "mar". Instalou-se na faixa litorânea, criou muita riqueza e cuidou ciosamente para que nunca fosse distribuída. Tomou de assalto e destruiu o que podia e não podia daquilo que parecia ser uma dádiva divina inesgotável. A natureza, os recursos naturais de toda espécie. É o que está por trás do balanço dos 500 anos de destruição florestal no Brasil, feito pela WWF: 93% da mata atlântica exterminados, 50% do cerrado, 15% da Amazônia (...). "

IPCC



O IPCC (Intergovernamental Panel on Climate Change ou Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), foi estabelecido para fornecer informações científicas, técnicas e sócio-econômicas relevantes para o entendimento das mudanças climáticas. Seus impactos potenciais e opções de adaptação e mitigação. É um órgão intergovernamental aberto para os países membros do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

A Organização Meteorológica Mundial e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) constituíram o IPCC em 1988.

O IPCC não realiza novas pesquisas nem monitoriza dados relacionados a mudança climática nem recomenda políticas climáticas.

O IPCC define a mudança climática como uma variação estatisticamente significante em um parâmetro climático médio ou sua variabilidade, persistindo um período extenso (tipicamente décadas ou por mais tempo). A mudança climática pode ser devido a processos naturais ou forças externas ou devido a mudanças persistentes causadas pela ação do homem na composição da atmosfera ou do uso da terra.


Prêmio Nobel da Paz


O Nobel da Paz foi atribuído ao antigo vice-presidente norte-americano Al Gore e à ONU pelos esforços para aumentar o conhecimento sobre mudanças climáticas.O prémio foi atribuído conjuntamente «pelos esforços de recolha e difusão de conhecimentos sobre as mudanças climáticas provocadas pelo Homem e por terem lançado os fundamentos para a adopção de medidas necessárias para a luta contra estas alterações».

O interesse de Al Gore, 59, pela ecologia vem de 17 anos atrás, antes de ser vice-presidente dos Estados Unidos durante o mandato de Bill Clinton (1993-2001), quando foi reeleito como senador democrata pelo Tennessee em 1990.

No entanto, o verdadeiro reconhecimento chegou após a estréia no ano passado do documentário "Uma Verdade Inconveniente", premiado como melhor documentário na última cerimônia de entrega do Oscar. O filme descreve as graves conseqüências do aquecimento global.

http://www.youtube.com/watch?v=GoFkFkolNcg

Muito antes, em 1991, publicou o livro "Terra em Balanço: Ecologia e o Espírito Humano", no qual falava sobre grandes mudanças ecológicas necessárias para enfrentar o século 21.